No país das apostas, brasileiro está se interessando por memecoins.

No país das apostas, brasileiro está se interessando por memecoins.

No Brasil, a população é conhecida por ter certo apreço por apostas. Seja jogando na loteria ou experimentando sua sorte nas apostas online. Mas você conhece os memecoins?

Nesse sentido, a tendência de brincar com a sorte agora se estende ao mercado de criptomoedas, já conhecido por sua natureza arriscada.

De acordo com dados do agregador CoinGecko, entre as 10 criptomoedas mais populares no país, oito são memecoins.

Investir em criptomoedas populares como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) já requer cautela, mas investir em memecoins como Dogecoin (DOGE), Shiba (SHIB), Floki (FLOKI) e Pepe Coin (PEPE), entre outras mais recentes e desconhecidas, exige uma atenção ainda maior – e vem com riscos adicionais.

Fundador da Fund Research, Vinicius, comparou o investimento em memecoins, aos jogos de cassino.

Vinícius Terranova, fundador da Fund Research

“É praticamente como um cassino. Ao investir em uma memecoin, é importante entender que você corre o risco de perder tudo e que as probabilidades estão contra você”.
Vinícius Terranova, fundador da Fund Research

Apesar disso, há quem esteja lucrando com essas apostas, como é o caso do investidor Alex Junior Guimarães.

Alex Junior Guimarães, 24 anos

“Investi cerca de R$ 3.500 em Shiba [Inu, uma criptomoeda com tema de cachorro] em 2022. Transformei isso em R$ 30 mil. Também investi R$ 3 mil em Baby Dogecoin e agora tenho R$ 15 mil. Mas é importante ressaltar que foi muito arriscado, foi uma aposta”.
Alex Junior Guimarães, 24 anos

Guimarães começou a investir em memecoins há cerca de cinco anos. Além de SHIB e BABYDOGE, ele também já investiu em DOGE e PEPE.

Para quem está considerando entrar nesse mercado, a recomendação é arriscar pouco, no máximo R$ 50,00, na tentativa de multiplicar esse valor por 10 ou 1000. Mas é crucial entender que não há garantias, ressalta Conrado Magalhães, 35 anos, ex-analista político que agora trabalha em uma empresa do setor financeiro. Ele afirma que suas apostas em memecoins são pequenas, representando de 2% a 5% de seu portfólio de criptoativos. Outro investidor que preferiu não se identificar disse alocar apenas 1% de seus ativos em memecoins.

O que são memecoins e por que são consideradas perigosas?

As memecoins são criptomoedas que surgem como resultado de brincadeiras na internet, mas o principal problema delas também está ligado a isso: elas dependem apenas da popularidade que ganham nas redes sociais. Isso as torna muito mais voláteis do que o já especulativo mercado de Bitcoin.

Um exemplo recente é o da memecoin StarShip (STSHIP), inspirada no foguete da SpaceX, de Elon Musk. O preço despencou 80% no dia do lançamento do foguete, que acabou explodindo na Terra. Algo semelhante ocorreu com uma criptomoeda baseada no cantor Kanye West: um desconhecido teria comprado a conta de Instagram de uma brasileira seguida pelo rapper e usado o perfil para promover um token que chegou a disparar 3.500%, mas “evaporou” em questão de horas.

Esse tipo de coisa acontece porque qualquer pessoa com conhecimento básico em programação pode criar uma criptomoeda, o que abre espaço para golpes. No passado, o Brasil foi inundado com criptomoedas de cachorros, gatos e até tartarugas. Quem investiu, perdeu tudo. Memecoins frequentemente são esquemas de pump and dump, um tipo de fraude em que golpistas acumulam determinado ativo, inflam o valor com recomendações falsas e depois vendem para obter lucro, usando investidores desavisados como liquidez.

No mundo das apostas em memecoins, como acontece com os jogos de cassino, a “casa” costuma levar a vantagem.

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